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História da Clementina

Doce, suculenta e aromática, a clementina tem um sabor característico e a vantagem de ser muito fácil de descascar, além do facto de não ter sementes -embora algumas variedades possam tê-las -, o que a torna uma fruta especialmente apetecível para as crianças.

A clementina resulta de um cruzamento entre a tangerina e a laranja doce, embora durante muito tempo se tenha pensado que esta fruta híbrida resultava da fusão entre a tangerina e a laranja amarga. O seu nome está ligado a um monge chamado Clément, que no século XIX foi enviado de França para cuidar de meninos órfãos numa aldeia na Argélia. Ali, Clément acabaria por descobrir por acaso um fruto no meio das árvores de tangerinas. Rapidamente a fruta acabou por ser registada pelas autoridades francesas, ganhando o nome do homem que a descobrira.

A sua verdadeira origem pode, entretanto, estar no Oriente, tendo chegado à Europa numa das rotas comerciais que passavam pelo Mediterrâneo.

Esta fruta está relacionada com lendas antigas, uma das quais envolve São Nicolau, em cuja figura se inspira hoje o Pai Natal. Em algumas pinturas medievais, São Nicolau usa laranjas a representar ouro em alusão a uma lenda em que transformou aquela fruta em moedas.

A tangerina está também ligada a uma tradição na China: no casamento, os noivos recebem um par de clementinas e na noite de núpcias, depois de a noiva as descascar, o casal come os frutos enquanto faz votos de vida próspera um ao outro.

Pelo seu sabor doce e toque ácido, é o ingrediente ideal para fazer xaropes; às carnes de porco e de aves acrescenta uma acidez subtil; nas sobremesas é uma alternativa ao sumo de laranja, sem esquecer que é na casca que se concentra o seu celestial sabor cítrico.